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À véspera da paralisação, governo diz que ainda não foi notificado sobre greve

Policiais reunidos durante protesto na Capital (Foto: Henrique Kawaminami)

Os policiais civis de Mato Grosso do Sul confirmaram uma paralisação de 72 horas, com início previsto para às 8h de terça-feira (1º), em resposta à insatisfação com as condições salariais. Durante assembleia na última sexta-feira (27), a categoria decidiu manter a mobilização, exigindo um reajuste que os posicione na sexta colocação do ranking salarial nacional.

Além da valorização salarial, a categoria exige aumento do auxílio-alimentação de R$ 400 para R$ 800 e a implementação de um auxílio-saúde, que hoje é um benefício exclusivo dos delegados, no valor de R$ 1.500, destinado a cobrir despesas como medicamentos.

Enquanto os policiais civis se preparam para a paralisação, a SAD (Secretaria de Estado de Administração) comunicou que, até o presente momento, não foi oficialmente notificada sobre a greve ou sobre a posição do Sinpol-MS em relação às propostas apresentadas pelo governo. A SAD reforçou que o diálogo permanece aberto com a categoria, caracterizando suas negociações como um esforço contínuo e transparente para valorizar os servidores e fortalecer o serviço público.

Na semana passada, o governo havia apresentado duas propostas de negociação. A primeira sugere a incorporação do auxílio-alimentação ao salário, podendo aumentar o montante a até R$ 1.200, dependendo da posição do policial na carreira. Para os policiais com menor remuneração, foi oferecido um abono adicional de R$ 130, destinado a compensar descontos previstos na folha de pagamento. Essa proposta atenderia cerca de 3.200 policiais, incluindo aposentados e pensionistas.

A segunda proposta envolve a possibilidade de encurtar a progressão na carreira, eliminando a fase inicial que oferece a menor remuneração. Atualmente, essa fase é fixada em R$ 5,7 mil, e a medida poderia elevar o piso salarial dos agentes para R$ 6,3 mil, beneficiando entre 300 e 400 policiais. No entanto, até o momento, a categoria não aceitou as propostas e o impasse persiste.

A DGPC (Direção-Geral da Polícia Civil) informou que, caso a paralisação dos policiais civis se concretize a partir de amanhã, serão tomadas medidas para assegurar que a população não sofra prejuízos nos serviços prestados. Além disso, garantiu que as unidades da Polícia Civil estarão preparadas para oferecer o melhor atendimento possível, priorizando situações críticas, como prisões em flagrante e crimes graves e urgentes.

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