A FFMS (Federação de Futebol de Mato Grosso do Sul) tem um novo estatuto, aprovado por unanimidade na terça-feira (6) em Assembleia-Geral convocada pela entidade. A reunião aconteceu no Memorial da Cultura Apolônio de Carvalho, em Campo Grande.
A iniciativa foi conduzida pelo presidente interino da FFMS, Estevão Petrallas, e contou com a presença de todos os associados com direito a voto. O objetivo principal da reforma é atualizar e adequar os regulamentos da FFMS às novas necessidades e demandas do futebol sul-mato-grossense.
O novo estatuto também reforça a proibição do nepotismo e estabelece regras para a gestão e prestação de contas. O Jornal Midiamax adiantou alguns itens do novo regimento.
Cláusula antinepotismo e reeleição única
O presidente interino, Estevão Petrallas, nomeado pela CBF (Confederação Brasileira de Futebol), após a prisão de Francisco Cezário pelo Gaeco, destacou algumas novas cláusulas do estatuto.
“E aqui vão algumas questões de ordem principais: sem nepotismo, com transparência, com mandatos exclusivos de quatro anos e com direito a uma única reeleição. Itens como esses fazem com que esse estatuto passe a ter um pouquinho mais de credibilidade, e aí vem de fato o ressurgimento do futebol”, afirma Petrallas.
Um ponto de discordância entre alguns clubes foi a de que apenas presidentes de clubes possam se candidatar à presidência. Entretanto, segundo Petrallas, a discussão foi ‘pacificada’. Juridicamente, o estatuto passa a valer a partir do registro, ou seja, quando o cartório der o deferimento.
“Foram atualizados modelos de voto de forma meritória, onde clubes da Série A têm direito a três votos, clubes profissionais a dois votos e clubes amadores e ligas um voto. A questão de que a federação tenha sempre um filiado seu como presidente também foi pacificada, com os associados desejando um corpo diretivo composto por pessoas que conhecem o futebol do estado e têm experiência no futebol do estado”, diz.
A sucessão na FFMS
No dia 21 de maio, o então presidente da FFMS, Francisco Cezário de Oliveira, foi preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado). A acusação é de que Cezário chefie esquema que desviou mais de R$ 6 milhões do futebol sul-mato-grossense em 2018 e fevereiro de 2023. Além dele, outros 6 integrantes do grupo criminoso – que incluía parentes – também estão presos.
Com a vacância, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) nomeou, no dia 28 de maio, o ex-presidente do Operário, Estevão Petrallas, como presidente interino.
O nome de Petrallas foi questionado em diversas instâncias, como em assembleia extraordinária de clubes realizada no dia 7 de julho. Além disso, um processo foi movido no TJD-MD (Tribunal de Justiça Desportiva de Mato Grosso do Sul).
No primeiro, a intervenção do governador Eduardo Riedel pendeu a balança para Petrallas, que conseguiu maioria dos votos pela sua permanência no cargo. No segundo, os procuradores deram entendimento, por 4 votos a 3, de que ele estaria apto civilmente para assumir o cargo.
A nomeação de Petrallas para a presidência interina da FFMS, entretanto, possui 90 dias de duração, que terminam no final deste mês de agosto. Neste sentido, cresce a expectativa entre os dirigentes locais pela convocação de novas eleições ou, até mesmo, a manutenção de Petrallas até que se finde o prazo da gestão atualmente eleita.
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