Na contramão do cenário climático e da descrença frente ao futuro, crianças festejaram a chegada da primavera com esperança de dias melhores. Coroas de flores, plantas comestíveis e brincadeiras musicadas embalaram a mudança de estações no último sábado (21), em uma escola da Capital.
Aqui a ideia foi fazer com que as crianças sentissem a fase do ano e aprendessem, também de maneira prática, algumas características da época marcada pela chegada da cor. Além dos ensinamentos, o objetivo é fazer com que elas experienciem a conexão com a natureza.
Mariana de Capitani, de 39 anos, é uma das responsáveis pela instituição de ensino particular que recebe crianças de 4 a 6 anos, no Jardim dos Estados. Para ela, todo o processo de aprendizado das crianças deixa marcas positivas na criação delas quanto indivíduos que sentem e respeitam o meio ambiente.
A nutricionista ressalta que os pais e a comunidade local foram convidados para o que a escola chamou de ‘Festa da Primavera’. “É importante para marcar essas datas. Essas experiências que vivenciam ficam muito mais registradas no interno delas. Fazer isso junto com a família significa muito. Elas se envolvem bem, ficam encantadas e entendem esse espírito. É como uma catarse para eles”.
‘Pé na terra’ foi uma das atividades de conexão com a natureza (Foto: Arquivo pessoal)
Pé no barro, plantio de mudas e histórias contadas em rodas deixaram a despedida do inverno e chegada da nova estação ainda mais especial na escola Aguapé. Segundo Mariana, o período significa o renascer. A atividade contou com apoio da iniciativa Cerrado em pé.
“A gente faz coroa de flores, todas as crianças se envolvem e é muito simbólico porque quer dizer o renascer. No inverno começam atividade de mais contração da luz, quando chega a primavera é a primeira estação após tempo de reclusão, é quando acontece a expansão dos indivíduos. A gente vivencia isso com a natureza. Não somos separados, somos parte disso. Acho muito bonito”.
Para ela, que também vive a experiência com os alunos é como se voltasse a ser criança, pois coisas do gênero não são feitas na fase adulta da vida. “Para mim e todos envolvidos que trabalham com elas é um privilégio voltar a ser criança um pouco. É sempre muito incrível, porque depois de adultos a gente não faz. Eu me sinto assim por ter essa oportunidade”.
Fonte: Campo Grande News
Comentar