Buscando alternativas para ouvir os moradores e entender suas necessidades para reerguer suas vidas, o Ministério Público realizará, nesta sexta-feira (23), uma audiência pública com as famílias atingidas pelo rompimento da barragem no loteamento Nasa Park, com o objetivo de iniciar o levantamento de danos ambientais, sociais e materiais.
Segundo o MP, logo após o rompimento, o Promotor de Justiça Gustavo Henrique Bertocco de Souza, da Comarca de Bandeirantes, esteve no local com engenheiros e analistas da Secretaria de Desenvolvimento e Apoio às Atividades de Execução para realizar levantamentos e conversar com as vítimas da tragédia, a fim de entender suas necessidades.
De acordo com o levantamento do Núcleo de Geoprocessamento do Ministério Público, foram identificadas pelo menos 11 propriedades afetadas pelo desastre. No entanto, esse número pode aumentar à medida que novas imagens de satélite da área sejam analisadas e atualizadas.
Na tentativa de entrar em contato com mais vítimas do rompimento da barragem, o Ministério Público divulgou um número para que moradores e amigos das famílias atingidas possam entrar em contato. O número é (67) 3318-2124.
Entenda
Na manhã de quarta-feira (20) houve rompimento da represa privada da empresa Nasa Park Empreendimentos Ltda., quando os cerca de 800 milhões de litros fizeram as águas do Córrego Estaca arrastarem casas; animais e plantações dos moradores locais.
Esse volume foi divulgado, na manhã de hoje (21), em balanço feito após análises da Secretaria de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação (Semadesc), divulgado pelo titular da pasta, Jaime Verruck, que esteve presente no trecho até antes do meio-dia.
Entre os estragos causados pela passagem da lâmina d’água, moradores perderam animais; plantações e vários dos pertences que não puderem ser retirados de dentro das casas que também foram destruídas e arrastadas.
“Perdi fogão, geladeira, tudo. Só estou com a roupa do corpo”, explicou Orlando Garcia Eguez, caseiro de uma das fazendas, de nacionalidade boliviana, que disse que a força d’água foi suficiente para “varrEr totalmente” a mata que havia no local.
Fonte: Correio do Estado com colaboração de Laura Brasil e João Gabriel Vilalba
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