No último fim de semana, o apresentador Tiago Leifert e a jornalista Daiana Garbin trouxeram um importante debate para a mídia: sua filha Luna, de 01 ano de idade, está com retinoblastoma, um tipo de câncer ocular mais comum na infância, no qual o tumor se desenvolve na retina.
Ao invés de continuarem o tratamento em privacidade, decidiram que seria uma atitude cidadã utilizarem sua popularidade como figuras conhecidas, para alertar a sociedade sobre a importância de se procurar um diagnóstico precoce para o câncer infantojuvenil, o que trouxe luz ao problema, chamando a atenção da população.
A oncologista pediátrica Thais M. Severino Siufi, que atende crianças com câncer no CETOHI (Centro de Tratamento Onco Hematológico Infantil), em Campo Grande, afirma que a doença tem várias formas de tratamento, dependendo do estágio do tumor. “Com o diagnóstico precoce e tratamento adequado, o prognóstico em 5 anos é superior a 90% com a recuperação da visão em muitos casos”, pontua.
Ela aponta que existem alguns sintomas aparentes que podem dar a pista já para os pais e tutores da criança de que algo não está certo com a saúde ocular do pequeno, como presença de mancha branca no olho (leucocoria), estrabismo, vermelhidão no olho, celulite da órbita (pálpebras avermelhadas, inchadas e com dor local), heterocromia (um olho de cada cor), diminuição da acuidade visual e ainda proptose ocular (quando o olho fica saltado para frente).
Outro ponto que pode indicar sinal de perigo no que diz respeito ao retinoblastoma, é uma atividade muito simples: tirar foto: “O flash da foto apresenta normalmente um reflexo vermelho. Quando apresenta um tumor ocorre a falha do reflexo, deixando um reflexo esbranquiçado”, pontua.
Ao notar esse ou qualquer um dos outros sintomas, a recomendação é que os pais procurem ajuda médica o quanto antes.
Cura – Uma das assistidas da AACC/MS (Associação dos Amigos das Crianças com Câncer, Ana Laura Niedack iniciou seu tratamento contra retinoblastoma do tipo bilateral com apenas 5 meses de idade no CETOHI. No final de 2021, aos 15 anos, ela tocou o Sino da Vitória na Casa de Apoio da instituição, uma maneira de registrar que seu tratamento contra o câncer chegou ao fim e que a paciente está finalmente curada. “Estou muito feliz por ter alta! Quero agradecer a todos que participaram dessa jornada e desejar sorte a todos que estão vivendo essa batalha”, disse.
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