O novo projeto de repactuação da BR-163 prevê punição em casos de não cumprimento do contrato. Esse é um dos pontos positivos visto pelo secretário estadual de Desenvolvimento Econômico, Jaime Verruck.
“Existe uma punição mais adequada à empresa, caso ela não cumpra o contrato. Não existia no padrão do contrato anterior. Nesse momento nós temos um rigor maior, de suspensão, de não aumento do pedágio caso a empresa não venha cumprir. Hoje, nós temos uma situação que não está tendo investimento e o pedágio tem sido reajustado”, explicou o secretário durante audiência pública organizada pela ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres), nesta terça-feira (17).
A BR-163, com 860 km de extensão, passará por uma revisão do modelo econômico-financeiro e do programa de exploração da rodovia, buscando melhorias na infraestrutura e na mobilidade. O plano de repactuação aprovado pelo TCU (Tribunal de Contas da União) prevê intervenções pontuais de duplicação em trechos estratégicos.
“É importante lembrar que o contrato da BR-163, da CCR MSVia, não houve o cumprimento do contrato integral, a duplicação de 100% dos 860 quilômetros. A partir desse momento, houve um distrato junto à União, a CCR pediu uma repactuação. O Tribunal de Contas da União autorizou essa repactuação, fazendo uma concessão de maior prazo e redefinindo o projeto, botando novas condições”, completou Verruck.
Deste total, 200 km já estão duplicados. Com o novo modelo, estão previstos mais 200 km de duplicação e mais 198 quilômetros de terceira pista, que devem ser realizados, pelo menos, 70% em 3 anos.
Após a apresentação de todo o contrato, valor de pedágio, valor de investimento, pontos de duplicação, ainda fica aberta a consulta pública. Caso outra empresa se interesse, também pode apresentar proposta.
O secretário acha pouco viável por questão de custo, sendo que a nova empresa teria que começar do zero. São de 5 a 6 empresas que atuam neste setor de concessão.
“A gente sempre pensa que o ideal seria uma nova empresa, mas nós entendemos que se foi pactuado e tenha claramente o sistema de punição, a CCR pode ser uma boa parceira, porque ela já está aqui”, pontuou.
Depois do contrato firmado, Verruck disse que o governador Eduardo Riedel vai solicitar à ANTT para que as duplicações sejam feitas nos pontos mais críticos, como de Campo Grande a Dourados; anel viário de Campo Grande, onde tem 50% dos acidentes; Dourados a Caarapó.
Pedágio – Até 2028, o valor por 100 km em pista simples passará de R$ 7,52 para R$ 15,13, em etapas anuais. Em 2025, o custo será de R$ 10,60, subindo para R$ 12,60 no ano seguinte, até alcançar a tarifa final.
Fonte: Campo Grande News
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