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Técnica e judoca estimam “de 7 a 10 medalhas” nos Jogos Paralímpicos

Judoca Kelly Kethyllin e técnica Anne Talitha no local de treinamento do Ismac (Foto: Paulo Francis)

Os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 começarão no próximo dia 28 de agosto. Mato Grosso do Sul será representado por vários atletas e técnicos no evento internacional. No judô, serão três pessoas. Duas delas são a judoca Kelly Kethyllin e a técnica Anne Talitha. Ambas são do Ismac (Instituto Sul Matogrossense para Cegos Florivaldo Vargas).

Anne Talitha, de 36 anos, trabalha com judô há vários anos e foi chamada para ser auxiliar técnica da delegação brasileira na competição. Já Kelly, de apenas 20 anos, foi convidada para participar dos Jogos após o Brasil garantir mais duas vagas. Ela compete na categoria até 70 kg da classe J2 (baixa visão). As duas são nascidas em Campo Grande.

Anne Talitha, muito empolgada, ao falar dos Jogos Paralímpicos, explicou que é um sonho realizado participar do evento. Esta será a primeira experiência dela na maior competição de paratletas do mundo.

Professora Anne orientando atletas em aula de judô no Ismac (Foto: Paulo Francis)
O começo da carreira dela comandando um projeto de judô veio após um colega mudar de país. “E aí depois a gente começou a desenvolver o projeto aqui na instituição com o trabalho com habilitação e reabilitação usando o judô como ferramenta. E esse trabalho foi dando frutos”.

Em competições, Anne explicou que tem um ciclo vitorioso no judô paralímpico. ” E a expectativa é muito bom, e ao mesmo tempo é realização pessoal muito grande porque é um sonho de qualquer técnica”. Das 16 categorias do judô, em 13 o Brasil tem representantes. Conforme explicou Anne, a estimativa é de sete a 10 medalhas.

A relação com Kelly começou antes do Ismac. Anne foi professora de Educação Física da atleta e a indicou para entrar no projeto de judô. A judoca disse que a relação entre elas é muito boa, praticamente de mãe e filha.

Kelly, com 20 anos, representará o Brasil nos Jogos Paralímpicos (Foto: Paulo Francis)
“Graças a Deus a gente tem uma relação muito boa, às vezes ela ela puxa minha orelha, né? Porque eu eu dou uma fugida do tatame, mas ela e eu temos uma relação muito boa, eu sou muito grata por ter ela na minha vida. Ela me fez o convite não nada eu ela já tinha falado que fazia o judô me ofereceu para mim vir um dia ver como que era e eu nunca quis nunca tive interesse no esporte”, detalhou.

No dia do primeiro treino, Kelly não gostou muito, mas Anne disse que independente disso, a judoca de 20 anos seguiria treinando. E deu certo.

Essa será a primeira vez que Kelly participa dos Jogos Paralímpicos e se mostrou surpresa com o convite. Ela espera trazer uma medalha e está correndo contra o tempo para se preparar. “Como vai ser eu fui atleta convidada, então, eu não vinha me preparando como outros atletas estavam se preparando, mas a expectativa é a mesma”.

Para quem tiver interesse em entrar no projeto de judô do Ismac para pessoas cegas ou com baixa visão, é só comparecer ao Institito localizado na Rua 25 de Dezembro, nº 262 – Centro de Campo Grande, ao lado do prédio da Prefeitura.

Fonte: Campo Grande News

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