O anúncio da chegada do La Niña na safra de verão brasileira assustava produtores, principalmente os do Sul do país, que sofreram com estiagens severas nas últimas temporadas e temiam pela falta de chuva no desenvolvimento de suas lavouras.
Contudo, a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês) já confirmou que o impacto do fenômeno será pequeno, visto que sua passagem é de baixa intensidade.
Assim, de acordo com o meteorologista do Canal Rural, Arthur Müller, as condições climáticas tendem a beneficiar os cultivos de inverno e, no início, fazer com que a média de chuva para o período seja até mesmo excedida.
“Nas regiões produtoras de trigo do Sul, há previsão de chuva para os próximos cinco dias. As precipitações começam na segunda-feira (7), mas ainda haverá o problema com queda de granizo e rajadas de vento, típicas da primavera”.
Já de 10 a 14 de outubro, a chuva ganha força, o que pode acabar prejudicando os trabalhos em campo, principalmente no noroeste do Rio Grande do Sul. “Já a tendência entre 15 a 19 de outubro é de tempo mais firme na região gaúcha, o que ajuda nos tratos culturais”, diz Müller.
Em Cruz Alta, município da região noroeste do Rio Grande do Sul, por exemplo, a previsão indica mais de 230 mm de chuva durante o mês de outubro e mais de 200 mm ao longo de novembro.
“Como o La Niña não afetou o inverno brasileiro, nao está interferindo na chuva na região, ou seja, os volumes continuam dentro da normalidade. Isso se estende para as demais áreas produtoras de trigo ao longo de todo o restante do ano”, finaliza Müller.
Fonte: Canal Rural
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