Da calçada de sua lanchonete, na principal rua de Cabeceira do Apa, distrito de Ponta Porã, o comerciante Nilson Pereira Moraes contempla o asfalto cruzando o lugarejo que ganhou esse nome por situar-se próximo à nascente do Rio Apa, na fronteira com o Paraguai. A chegada da infraestrutura integra o trecho de 23,76 km da rodovia MS-166 pavimentado pelo Governo do Estado, cuja obra, em conclusão, interliga a região produtora de grãos à Rota Bioceânica.
“A gente não acreditava mais nesse asfalto, mas o governador Reinaldo Azambuja prometeu que ia sair desde quando ele era deputado estadual, e agora cumpriu”, diz o pequeno empresário, de 62 anos. Ao lado da esposa, dona Sueli, 57, Nilson fala com otimismo da chegada do progresso e já projeta ampliar seu comércio. “Aqui era um lugar de poeira e lama, abandonado, mas agora vai ter desenvolvimento, o nosso governo está de parabéns”.
O asfalto transpassa o antigo distrito, do trevo com a MS-270 a cidade de Antônio João, e mudou a vida das pessoas e o ritmo do lugar. O pequeno comércio se transformou, são novas edificações ou ampliação dos atuais estabelecimentos. No entorno, entre extensas lavouras de soja, também surgem novos silos. A prefeitura de Ponta Porã reforma a escola municipal Osvaldo de Almeida Matos, em parceria com o Estado, e constrói o primeiro posto de saúde.
Escoamento e segurança
“Essa obra valorizou muito o distrito e a gente também se sente valorizado pelas autoridades, que estão empenhadas em trazer o desenvolvimento para nossa comunidade”, comenta Nilson da Silva, 48, dono de um mercadinho. “O asfalto trouxe mais movimento, mais gente, vai crescer o comércio, gerar mais emprego e renda. Eu moro há 30 anos aqui, a diferença agora é enorme, a gente percebe que a mudança será para melhor toda vida”, aposta.
Para o prefeito de Antônio João, Marcelo Pé, a ligação asfáltica “é um grande feito de um governo que vem aos municípios nos ajudar a administrar”. Ele acredita que a região terá um grande impulso no seu desenvolvimento, com novos empresários chegando para investir, e realça o papel estratégico de Eduardo Riedel na secretaria de Infraestrutura (Seinfra). “Ele abre as portas do governo e simplesmente manda executar. Somos gratos a ele e ao Reinaldo”, disse.
O trecho pavimentado pelo Estado, com recursos (R$ 32 milhões) do Fundersul, compreende o trevo entre as MS-166 e MS-270 a Antônio João, interligando-se à MS-384, que demanda a Bela Vista e Ponta Porã. Na outra ponta da MS-166, foi licitado o asfaltamento de 37,5 km, do entroncamento com a MS-460 (Estrada da Água Fria) à BR-267, beneficiando a região produtora de grãos dos municípios de Maracaju, Nioaque e Guia Lopes da Laguna.
“São importantes investimentos em logística e infraestrutura que dão competitividade aos nossos produtores ao reduzir custos e distâncias no escoamento da safra”, afirma o governador Reinaldo Azambuja. “O governo está empenhado em levar infraestrutura de transportes a estes rincões, melhorando as condições de produção de todos, do pequeno, médio e grande produtor, além de garantir maior segurança às pessoas”, acrescenta.
Entrega antecipada
As obras rodoviárias de pavimentação, restauração e implantação concluídas em sete anos (2015-2021) e em execução pelo Estado, interligam as regiões produtoras de matéria-prima (grãos, celulose, carne) e industrializados e criam um novo mapa logístico de transportes de Mato Grosso do Sul, hoje no centro da Rota Bioceânica (Brasil-Chile), destaca o secretário Eduardo Riedel (Seinfra). Os investimentos, segundo ele, chegam a R$ 5 bilhões.
Riedel cita, ainda, a qualidade do asfalto que está sendo empregado para suportar o fluxo de caminhões em direção aos portos e a ponte internacional de Porto Murtinho e o compromisso do governo de entregar todas as obras em execução ou projetadas para 2022. O secretário observa que, a pedido do governador Reinaldo Azambuja, muitas obras estão sendo antecipadas, citando como exemplo os 23,76 km entre a Cabeceira do Apa e Antônio João.
Este trecho da MS-166 está sendo concluído em meados de fevereiro, isto é, a oito meses do prazo (outubro) contratual. Para cumprir a meta houve um esforço concentrado durante os serviços de terraplenagem e drenagem, quando foram empregados 150 trabalhadores, informa a empreiteira São Cristovão. A obra está sendo finalizada com implantação de sinalização viária e redutor de velocidade na área urbana de Cabeceira do Apa.
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