De acordo com o boletim semanal, a estimativa de colheita recuou de 11,48 milhões de toneladas para 9,28 milhões de toneladas. No ano passado, Mato Grosso do Sul fechou a segunda safra de milho com 14,22 milhões, uma das maiores safrinhas da história do Estado.
No ciclo passado, a produtividade média por hectare ficou em 100 sacas. Agora, conforme o boletim divulgado nesta terça-feira, a expectativa de colheita recuou de 86,3 para 69,7 sacas por hectare. Na comparação com o ano passado, quando as chuvas ajudaram, a queda na produtividade chega a quase 31%.
Mas, o próprio boletim dá sinais de que o resultado tende a ser bem pior do que o estimado até agora. “Além das baixas produtividades registradas no campo, também observamos perdas totais da produção, onde o produtor acaba passando o rolo faca, pois a colheita não compensa”, diz trecho do boletim, que não informa o volume de áreas em que nem mesmo haverá colheita.
Além da queda na produção por conta falta de chuvas, outra explicação para esta queda drástica na produção é a redução na área plantada, que recuou de 2,35 milhões de hectares para 2,21 milhões, o que representa retração de quase 6% na área plantada.
Esta redução na área plantada pode ser atribuída à falta de expectativa com os preços, que durante boa parte do ano ficaram abaixo da casa dos R$ 40 reais a saca. Nas últimas semanas, porém, hove uma melhora e na semana passada a saca de 60 quilos era vendida por até R$ 50 na região sul do Estado.
Nos anos anteriores, boa parte do milho safrinha de Mato Grosso do Sul é exportada ou vendida para estados como Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Neste ano, porém, o Estado já está comprando milho produzido em Mato Grosso, conforme Carlos Ronaldo Dávalo, da Granos Corretora.
Isso por conta do aumento no consumo interno após a ativação de duas indústrias que produzem etanol e outros derivados a partir do milho. Duas indústrias já está funcionando em Dourados e Maracaju. Uma terceira está em fase de conclusão em Sidrolândia.
E estimativa é de que sejam necessárias em torno de 8 milhões de toneladas para atender, além das indústrias de etanol, aos produtores de suínos, aves e bovinos locais durante um ano.
Fonte: Correio do Estado
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