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Política

Luiz Ovando quer extinguir de vez o horário de verão

Deputado federal Luiz Ovando (PP) no plenário da Câmara dos Deputados, em Brasília (DF) (Foto: Mario Agra / Câmara dos Deputados)

Contrário ao horário de verão, por impactar diretamente a saúde da população, o deputado federal Luiz Ovando (PP) apresentou projeto de lei que proíbe a medida que antecipa os relógios em 1h no país.

A proposta tramita desde 2019 na Câmara dos Deputados e voltou a ser debatida com a possibilidade do retorno do horário de verão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, avaliam se voltam a implementar a mudança para economizar energia.

“No governo Dilma, falava-se em uma economia de 4%, o que é absurdo. Esse número seria o equivalente a uma hora de consumo, algo inalcançável apenas mudando o horário”, afirmou o deputado.

A primeira vez que o horário de verão foi implantado no país ocorreu em 1931, no governo Getúlio Vargas. Para Luiz Ovando, a medida não faz sentido nos dias atuais. O deputado destaca que o verdadeiro vilão do consumo energético nos dias quentes de verão são aparelhos de ar-condicionado e chuveiros elétricos, cujo uso se intensifica justamente na estação mais quente do ano, indo na contramão da economia desejada.

Além disso, o parlamentar, que é médico, afirma que a alteração brusca no ciclo biológico dos brasileiros pode trazer uma série de distúrbios, como problemas no sono, fadiga, irritabilidade e até enfraquecimento do sistema imunológico. “O corpo humano segue um ritmo natural, e mexer com esse ritmo de forma artificial, como faz o horário de verão, tem consequências sérias para o bem-estar das pessoas”, destacou.

De acordo com Ovando, os problemas gerados pela mudança do horário afetam principalmente aqueles que já possuem rotinas intensas, como trabalhadores que precisam se adaptar ao novo ciclo de forma abrupta, o que pode causar desordens físicas e emocionais.

“O governo insiste em empurrar essas medidas sem levar em conta as reais consequências para a população. Precisamos de alternativas eficazes, e não de modismos ultrapassados que só trazem transtornos”, finalizou.

Fonte: Campo Grande News

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