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Mato Grosso do Sul registra 13 mil focos de incêndio em 48 horas

Corpo de Bombeiros combatendo incêndio na região do Abobral, no Pantanal de MS (Foto: Divulgação/CBMMS)

Vinte cidades de Mato Grosso do Sul registraram 100 ou mais focos de incêndio entre quarta-feira (11) e quinta-feira (12), segundo o programa BDQueimadas do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). No período, foram identificados cerca de 13 mil focos de incêndio em todo o Estado por meio dos satélites do programa.

Corumbá lidera o número de incêndios, com 3.298 focos, representando 25,4% dos registros no Estado entre ontem e hoje. Em segundo lugar está Jateí, com 2.229 focos (17,1%), seguida por Porto Murtinho, com 1.810 focos (13,9%).

Outras cidades que se destacam são Aquidauana, com 952 focos (7,3%); Terenos, com 557 focos (4,3%); Água Clara, com 481 focos (3,7%); Rio Negro, com 394 focos (3%); Costa Rica, com 291 focos (2,2%); Rio Brilhante, com 274 focos (2,1%); e Itaquiraí, com 273 focos (2,1%).

A capital, Campo Grande, teve 79 focos (0,6%) no período. No total, 50 municípios de Mato Grosso do Sul registraram pelo menos um foco de incêndio, segundo o BDQueimadas.

Um dos incêndios registrados atingiu, na manhã de hoje, fazendas de eucalipto em Água Clara, a 193 km de Campo Grande. Segundo o Corpo de Bombeiros, o fogo começou na semana passada, foi controlado, mas retornou, exigindo reforços. O primeiro foco queimou 6,5 mil hectares, e, após a reignição, mais 3,5 mil hectares foram atingidos.

Importante mencionar que Água Clara é a sexta cidade com mais focos de incêndio registrados entre hoje e ontem pelos satélites do BDQueimadas.

Pantanal em chamas – Em agosto, o Pantanal foi o bioma brasileiro mais afetado por incêndios em vegetação nativa, segundo o Inpe. Dados indicam que 89% dos focos ocorreram em áreas de vegetação nativa e menos de 1% em áreas onde a vegetação foi recentemente removida.

Entre 1º e 31 de agosto, o satélite de referência do BDQueimadas identificou 4.111 focos de incêndio no Pantanal, sendo a maior parte concentrada em Mato Grosso do Sul, que registrou 2.819 focos (63,9%). Mato Grosso, o outro Estado pantaneiro, contabilizou 1.592 focos (36,1%).

O aumento em comparação ao mesmo período de 2023 é significativo: no ano passado, foram registrados apenas 110 focos no bioma, sendo 71 em Mato Grosso do Sul.

O Monitor do Fogo, do MapBiomas, divulgado nesta quinta-feira (12), apontou Corumbá como a cidade brasileira mais afetada em agosto, com 616.980 hectares queimados. Félix do Xingu (PA) e Amajari (RR) aparecem em seguida, com 277.951 hectares e 250.949 hectares queimados, respectivamente.

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