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Perícia revela contradições em depoimento de ex-noiva de Diogo Castilho

Thais teria cometido 12 incongruências, 26 imprecisões, cinco incoerências e duas contradições. Documento diz que a face dela apresentou medo de ser pega em mentira

 Uma perícia técnica contratada pela defesa do Vereador Diogo Castilho (DEM) para analisar o comportamento da ex-noiva do parlamentar Thaís Carlos Ponce, durante depoimento prestado à Comissão Parlamentar de Inquérito, da Câmara de Vereadores de Dourados constatou que a denunciante cometeu 45 falhas durante a oitiva. Sendo 12 Incongruências, quando falta concordância na fala; 26 Imprecisões, quando há falta de clareza e convicção ou confusão; 05 Incoerências, quando o comportamento ou assunto não apresentam nexo ou lógica e 02 Contradições, ato de dizer e fazer exatamente o oposto do que se diz.

O documento apresenta a transcrição de todo o depoimento de Thais e dados obtidos através do sistema Scans – Six Channel Analysis Sistem, que é o único sistema com validação científica para a detecção de dissimulações e simulações. Foram analisadas as micro expressões faciais das emoções, para-verbalização, processo cinestásico gesticular, processo fisiológico, orientação e postura e oculésica, que é a leitura de linguagens não verbais baseada principalmente no movimento dos olhos.

Todo trabalho de perícia foi realizado por Jonas Ranzi Nunes de Souza que é pesquisador e analista comportamental, especializado em comunicação não verbal, pioneiro em pesquisas e análises comportamentais no Mato Grosso do Sul e escritor do livro “A face não mente”.

Dentre as expressões detectadas durante o depoimento da ex-noiva do vereador Diogo Castilho, a de medo de ser pega mentindo, revela um fato importante, conforme ressalvado pelo perito: “As micro expressões de medo que foram identificadas ocorreram no depoimento da Sra. Thais Logo após a cada pausa profunda que a mesma expressava, antes de relatar as tais agressões, mas nunca durante os relatos, ou seja, o medo, não estava relacionado ao relato, mas a outras questões, como exemplo Dr. Paul Ekman criador do manual Facs, define que isso pode ocorrer porque se teria medo de ser pego na mentira que se conta”.

No trecho do vídeo em que ela relata como foi a agressão, o perito encontrou imprecisões e incongruências. Num dos trechos o perito relata “No depoimento destacado a Sra. Thais cita que o Sr. Diogo Silveira Castilho a puxa pelos braços com o intuito de manter relações sexuais com ela, porém logo após, a Sra. Thais indica que o Sr. Diogo a jogou na cama, apertando-a forte pelos braços. Porém, não há possibilidade de jogar alguém em algum lugar e continuar apertando o braço da pessoa que foi jogada. Ou se joga alguém em algum lugar ou se aperta os braços dessa pessoa. Ambos ao mesmo tempo, se torna improvável”.

Em outro trecho o perito coloca em dúvida a afirmação da ex-noiva do vereador que ela teria sido asfixiada. “A depoente declara que estava sendo asfixiada o tempo todo, mas a Sra. Thais declarou anteriormente que o Sr. Diogo a segurou pelos braços primeiramente e posteriormente utilizou a mão para cobrir seu rosto e olhos … então não é possível determinar que a Sra. Thais realmente tenha sido asfixiada do início do fato até a chegada dos policiais … Tão pouco que tenha realmente sido asfixiada, não há conexão entre a data do fato e a prova colhida, pois o exame do corpo de delito não foi feito de imediato ou logo após o ocorrido, perdendo assim a conexão entre o fato, a prova, e o agente ativo que ocasionou a situação”.

 

Durante depoimento a ex-noiva comete outra Incoerência ao dizer que Diogo havia ameaçado ela ao chegar na casa da tia, que é ex-assessora e desafeta do parlamentar por ter sido exonerada do seu gabinete, por adotar postura inadequada no mesmo. Na casa da tia tanto Thaís, quanto o vereador estavam acompanhados de policiais. “Juntamente com os policiais a depoente se encontrava em segurança, sendo o dever da polícia proteger a Sra. Thais de qualquer crime que venha sofrer durante o atendimento policial e ou no seu deslocamento estando na presença dos próprios policiais, porém a Sra. Thais relata que quando os policiais aguardavam no portão da casa da tia dela, o Sr. Diogo de forma misteriosa foi até a casa da tia dela, onde ela se encontrava e ameaçou de morte a mesma. ou seja, os policiais prevaricaram? deixaram de praticar o ato de ofício? estamos frente a um crime funcional?”.

O laudo pericial com cerca de 40 páginas, que levou 600 horas de análises para ser concluído será usado pelo advogado Wander Medeiros na defesa do vereador para provar que Diogo Castilho vem sendo alvo de perseguição e tentativa de vingança.

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