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MS estuda instalar radares a prova de “migué” que captam infrações a 100 metros

Radar doppler que capta a infração a longa distância (Foto: Divulgação)

Mato Grosso do Sul está em processo de avaliação para a instalação de radares inteligentes com tecnologia doppler, que promete acabar com os “migués” dos motoristas apressadinhos. Esses radares, que já estão funcionando em mais de 20 estados brasileiros, são capazes de detectar infrações a uma distância de até 100 metros, representando um avanço significativo em relação aos equipamentos tradicionais.

Os aparelhos são projetados para enfrentar a prática comum entre alguns motoristas que reduzem a velocidade apenas quando se aproximam dos radares de fiscalização. Esses dispositivos funcionam emitindo ondas eletromagnéticas que refletem nos veículos em movimento. A partir da análise da frequência das ondas refletidas, o radar calcula com precisão a velocidade do veículo, mesmo que o motorista tenha freado ao se aproximar do equipamento.

Conforme a empresa Velsis, fabricante dos equipamentos, a tecnologia tem capacidade de registrar a velocidade dos veículos até 100 metros antes e 50 metros depois do radar, além de captar uma gama de infrações, como avanço de sinal vermelho, uso de celular ao volante, parada em faixa de pedestres, tráfego na contramão e conversão proibida. A inovação não se limita à medição de velocidade; o radar inteligente também pode identificar comportamentos específicos dos motoristas e, em alguns casos, até o número de pessoas dentro dos veículos.

Em nota, o Detran-MS (Departamento de Trânsito de Mato Grosso do Sul) confirmou que está estudando a viabilidade técnica para a adoção da tecnologia no Estado. No entanto, o órgão ressaltou que a instalação dos radares exige uma análise detalhada do local para garantir a ausência de obstáculos visuais e que ainda não há uma previsão definida para a implementação dos novos radares no Estado.

Além da análise das condições locais para garantir a eficiência dos radares, o Detran-MS está considerando a adaptação dos radares para captar infrações cometidas por motociclistas, o que exige modificações para que o equipamento possa registrar a placa traseira dos veículos.

“Não temos nenhum desses em Mato Grosso do Sul, mas é uma tecnologia interessante e o departamento de engenharia fará um estudo para contratação dos equipamentos, só que isso demanda alguns estudos de local, porque é um equipamento que demanda um vão livre sem obstáculos visuais durante um bom espaço de via, e no formato atual dele ele filma a placa dianteira dos veículos e para a gente não resolve porque não pegaria as motocicletas, então a gente precisa que seja da placa traseira para poder conseguir registrar as infrações de motocicletas”, informou o órgão.

Foto: Campo Grande News

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