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Após 18 anos, campo-grandense vira campeão brasileiro de mágica

Everton Machado durante apresentação de ato 'Pintor do Absurdo' (Foto: Redes Sociais)

Há 18 anos no ilusionismo, Everton Machado, de 32 anos, conquistou a tão sonhada medalha de 1° lugar no Campeonato Brasileiro de mágica. O prêmio veio com o ato criado por ele e intitulado ‘Pintor do Absurdo’. Agora, está com passe livre para a próxima fase, disputada entre países que compõem a América Latina e será em Cali, na Colômbia, em fevereiro de 2025. O sonho é chegar à “Copa do Mundo’ do ilusionismo”, na etapa mundial, disputada na Itália (Fism).

Foram seis anos montando o ato que tem duração de seis minutos. O artista explica que a performance conta a história de um pintor confuso que está concluindo um autorretrato. Na cena, os objetos e a tinta fogem do controle dele. Tudo se transforma e desaparece. A ideia é um ato artístico teatral e dramático.

“Tem um plot (surpresa) que eu não conto. Mas o final é macabro, meio chocante. O ato  foi pensado para ser um para competição. Tem de vários níveis, meu objetivo era conseguir ir para o Latino-americano, que vai ser na cidade de Cáli, na Colômbia, quem ganha lá consegue uma vaga para o mundial, que é como a Copa do Mundo da mágica”.

A relação de Everton com a mágica começou cedo. Quando criança ele foi diagnosticado com TDHA (Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade) e incentivado pela mãe em atividades como pintura, desenho e ilusionismo. Alguns anos depois, a mãe começou a indicá-lo para animar festas infantis.

“Minha mãe é falecida e foi a pessoa que mais me apoiou desde o começo. Ela era decoradora de festa, cresci nesse meio e eu gostava de fazer mágica. Em 2006 fiz uma pesquisa sobre mágica, achei um site que ensinava e aí comecei a fazer.  Ai como tinha loja de decoração, ela me indicava. Na busca de criar um ato, fui buscar o mais original de mim, o que eu fazia de verdade que era o desenho e pintura. Aí surgiu a ideia usando artes plásticas, teatro e pintura”.

Para o ato, Everton fabricou tudo o que usa em cena, desde cavalete para o quadro, até a própria pintura.  “Eu fiz tudo o que eu uso. Eu tinha a ideia de um efeito impossível e fui atrás de como executá-lo. Meu grande sonho é conseguir concluir os objetivos artísticos que acabo colocando na cabeça”.

Sobre as próximas fases da competição, o artista está esperançoso de que pode se dar bem e que o mercado sul-mato-grossense, assim como brasileiro, é composto por profissionais dedicados, mas que infelizmente não são tão conhecidos pelo público geral.

“No Brasil tem crescido bastante, temos mágicos com carreiras bem consolidadas, já foi bem pior mas tem muita coisa a melhorar. Esse tipo de competição são coisas que ajudam. O ato do ‘Pintor do Absurdo’ eu criei depois de ver os atos brasileiros que foram para o mundial de mágica. Mas muita gente não conhece as competições. Vou focar agora em representar bem o Brasil no Flasoma, e se eu tiver a chance de ir para o mundial vai ser incrível”.

Fonte: Campo Grande News

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